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Saturday, July 10, 2010

Intensidade

O homem corre, punhos fechados, coraçao urgente. Nao olha para os lados e nao responde a quem o questiona, escolhe o caminho mais dificil. Ele é capaz de entender o cacto, que nasce em meio ao deserto simplesmente para desafiar o sol.
 Mas o medo da dor pode ser pior do que a propria dor, entao é hora de ir embora. No olhar toda a incerteza e angustia que pode suportar, o pensamento tenta  fugir de tudo que ficou para tras. Nada sera facil, mas ficar seria pior.
O sorriso desesperado, mais dor, menos medo. Tudo se contrasta ao extremo, ele sabia que seria assim, mas esperava que fosse menos intenso. Se sente partido em dois: o primeiro quer voltar, o segundo quer ir mais longe e entrar no seu mundo blindado e invisivel.
Ele nunca voltara, tem a coragem de fugir, mas tem medo de voltar atras.
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Thursday, March 4, 2010

Sem sal - e sem acentos

Sem cor nem dor. Hoje me sinto assim, sem muito a lamentar e tampouco a festejar. Nao que eu pense que precisamos de um furacao ou de uma grande festa todo dia, mas odeio mortalmente a rotina e as repetiçoes, mesmo que positivas.
Vejo que muita gente é feliz simplesmente por nao ter grandes problemas, eu (in)felizmente preciso de muito mais que isso, preciso dar passos grandes todos os dias, ser sempre mais. Isso por um lado é otimo, pois nao me deixa parar nunca, mas talvez fosse mais facil ser um conformista.
Quot homines tot sentetiae (tantos homens, tantos modos de pensar), ja dizia Terenzio em tempos muito menos caoticos e contraditorios...

(esse teclado nao tem a maior parte dos acentos... )
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Monday, March 9, 2009

Das manhãs de Inverno

Eu gosto de sentir no rosto o frio dessas manhãs, gosto de ver a chuva cair e de sentir saudades. Gosto de sorrir para as pessoas na rua, gosto do cheiro de livros velhos e de sentir o gosto amargo de bebidas fortes. Gosto de sentir, sentir forte, de fazer doer. Gosto de conhecer, conhecer tudo, conhecer todos. Porque não nasci pra morrer antes do meu coração parar de bater.
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De papo furado a Astrofisica

Eu venho tentando entender o quanto é importante o sábado à noite. E não falo de diversão, mas do compartilhamento de idéias, do intercambio cultural,  e dos projetos – poucas vezes colocados em prática – que nascem nas mesas de bar, rodas de conversa ou em qualquer outro lugar onde a combinação álcool e bom-humor esteja presente. 

E vou além, na minha opinião o sábado a noite tem uma função catalisadora na nossa agonizante sociedade. Afinal, entre as cervejas e risadas de sabado a noite, quantas pessoas ja desistiram xingar o chefe, de tentar matar o presidente ou de pedir demissao? O sabado a noite evita o caos, pois acalma os nervos, alivia a tensao e o stress. E isso sem falar nos personagens de sábado à noite, uns simpáticos, outros estranhos e outros que tentam ser estranhos. Pessoas que eu nao sei o que fazem segunda-feira pela manha ou domingo a tarde quando chove. Não sei o que fazem da vida, o que querem ou porque estão ali. Mas no sabado a noite fazem parte do espetáculo e, porque não, da minha vida.

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Saturday, September 6, 2008

Plantas Artificiais

Cada um sabe o quanto é mentirosa a imagem do seu "eu" vista de fora, sabe quantas vezes se fez parecer mais forte do que era, quantas vezes jurou sabendo que nao cumpriria e o medo que sente quando jura com convicçao.
Cada um tenta ser o seu proprio senhor, e na verdade é unico servo de si mesmo.
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Monday, August 25, 2008

Até Logo!

Acordar às 7:45 de uma segunda-feira preguiçosa, o sol vai subindo devagar e o mundo parece querer dormir. Agua fria no rosto e um café forte pra tentar me conectar ao mundo que agora é real. Os pés, a duras penas, me carregam pela casa. Comer? Não, talvez mais tarde. Algum esforço para me vestir, mas sem apertar o nó da gravata. Escovar os dentes pra tirar o gosto amargo da boca, deve ter sido a cerveja da noite passada.
Enfim saio de casa. Transito lento, caras amassadas nos carros que passam, policiais a cavalo (?!). Sim, é segunda-feira.
O pensamento distante busca as lembranças dos ultimos dias, dominados pela intensa felicidade. Tudo contrastante com o dia de hoje, não como Pólux que chega a terra de Hades depois de um dia no Olimpo, mas como um pássaro que toca o chão depois de tocar o céu.
Seguir em frente com a felicidade de sempre, com novas e boas historias pra contar. Sem medo do futuro e com a certeza de que nunca estou longe demais.
Olhar o relogio eperando às 6 da tarde, para enfim descansar um pouco e lembrar que nada termina, apenas repousa no vazio de um “até logo”. E depois dormir com a certeza de que tudo vale a pena.
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Friday, March 28, 2008

Um Corpo que Sangra

Corações atrás de muros, meias verdades e mentiras completas.
Escravos da rotina, donos da dignidade de quem não questiona.
Ver o mundo em preto e branco para não perturbar a ordem.
A ordem do caos, dos gritos que não ouvimos mais.
Afinal já é tudo rotina, a negligência já venceu a compaixão.
Sentimento é doação, preferimos receber!
O aumento da expectativa de vida prejudica a previdência social,
você é um problema!
Sem asas rumo ao chão, mudo e inerte.
Seria a fé a única saída, ou apenas indução ao conformismo?
Seria Deus o segredo da vida ou a chave do sistema?
Respostas! Cada um tem as suas e são todas verdadeiras,
ou você pode provar o contrario?

Medo, dor, angústia. Tudo se mistura nos delírios de um corpo que sangra.

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